sexta-feira, 25 de janeiro de 2013





CAPÍTULO XXXIX - A MAGIA DA TRANSFORMAÇÃO 

(Parte 1)



A transformação ou regeneração humana se dá a passos lentos, subitamente através da E.Q.M. ou ainda utilizando outro dispositivo de "start", para a evolução espiritual.

- A necessidade Tomé, desse despertar, individual em um primeiro momento e coletivamente em sequencia, é essencial para nosso plano de resgate da humanidade. A consciência espiritual se faz necessária para o novo caminho a ser traçado pelo "homo-sapiens". Esse caminho está disposto a todos, desde que se predisponha a querer traça-lo. - comentou Sued.

A experiência de quase-morte ou EQM refere-se a um conjunto de visões e sensações frequentemente associadas a situações de morte iminente por motivo de hipóxia cerebral, geralmente derivadas de paradas cardiorrespiratórias, sendo as mais divulgadas o efeito-túnel e a experiência fora-do-corpo, EFC ou OOBE, também denominada autoscopia. 

O termo "experiência de quase-morte", em francês "expérience de mort imminente" foi proposto pelo psicólogo e epistemólogo francês Victor Egger em 1896 em "Le moi des mourants" como resultado das discussões no final século XIX entre filósofos e psicólogos, relativo as histórias de escaladores sobre a revisão panorâmica da vida durante quedas. O interesse popular pelas EQM's se iniciou devido principalmente ao trabalho do psiquiatra Raymond Moody em seu livro Vida Depois da Vida, escrito em 1975 sob o nome de Near-death experiences - NDE's, repetindo a frase já proposta por Victor Egger.

Muito se estuda sobre as experiências de quase-morte mas não existe consenso científico e nem prova científica sobre o significado e a causa desses fenômenos. Vários médicos, parapsicólogos, cientistas e espiritualistas em geral, apontam as experiências como provas da experiência fora-do-corpo e da vida após a morte, por outro lado, muitos outros médicos e cientistas apontam as EQMs como tendo características de alucinações.

- Acha que sou uma alucinação Tomé? - perguntou Sued.

- Absolutamente Sued, nunca vivi nada tão intenso e real, em toda minha existência. Lembro-me de todos os ensinamentos presenciados desde que estava no útero materno na primeira encarnação. A dádiva do conhecimento e da transformação já estava em mim, se ela desapareceu ou escondeu-se, foi pela truculência da vida cotidiana no planeta Terra. Acho que é comum acontecer, pois os princípios humanos não são os mesmo divinos! - respondeu Tomé.

- Vejo que a sua evolução está em expansão, mais em um nível bem elevado de consciência. - relatou Sued.

Após a experiência de quase-morte, muitas pessoas declaram terem alterado seus pontos de vista em relação ao mundo e às outras pessoas. As mudanças comportamentais geralmente são significativamente positivas, e o principal fator para a mudança é a perda do medo da morte, a tanatofobia. Em geral, a pessoa diz enxergar o mundo de maneira mais vívida, ser inundada por sentimentos de bondade e amor ao próximo, ter vontade de ajudar os necessitados, sentir abertura a uma forma de religiosidade não-dogmática e a crenças orientais como a reencarnação, aceitar-se mais e aceitar mais os outros, perder o sentido de importância do ego e se preocupar menos com as opiniões dos outros. Essas pessoas alegam que passaram a valorizar mais as suas vidas e as dos outros, reavaliaram os seus valores, a ética e as prioridades habituais e tornaram-se mais serenas e confiantes.

- A caridade é um passo muito importante para essa evolução, ela faz parte do auto esclarecimento, da visão pós vida, de como tratar seu semelhante. A vida, em todas suas passagens e variações, é essencialmente de doação, amor e fraternidade. - continuou Sued.

Durante a vida, o espírito se encontra preso ao corpo por seu envoltório semi-material ou perispírito. A morte é apenas a destruição do corpo e não do perispírito, que se separa do corpo quando nele cessa a vida orgânica. A observação demonstra que, no instante da morte, o desprendimento do perispírito não se completa subitamente; opera-se gradualmente e com uma lentidão muito variável, conforme os indivíduos. Para uns é bastante rápido e pode-se dizer que o momento da morte é ao mesmo instante o da libertação, quase imediata. Mas, para outros, aqueles cuja vida foi extremamente material e sensual, o desprendimento é mais demorado e dura algumas vezes dias, semanas e até mesmo meses. 

Isso sem que haja no corpo a menor vitalidade nem a possibilidade de um retorno à vida, mas uma simples afinidade entre corpo e espírito, afinidade que sempre se dá em razão da importância que, durante a vida, o espírito deu à matéria. É racional conceber, de fato, que quanto mais o espírito se identifica com a matéria, mais sofre ao se separar dela. Por outro lado, a atividade intelectual e moral, a elevação de pensamentos, operam um início do desprendimento mesmo durante a vida do corpo, de tal forma que, quando a morte chega, o desprendimento é quase instantâneo. Esse é o resultado de estudos feitos em todos os indivíduos observados no momento da morte.

Essas observações ainda provaram que a afinidade que em alguns indivíduos persiste entre a alma e o corpo é, algumas vezes, muito dolorosa, visto que o Espírito pode sentir o horror da decomposição. Esse caso é excepcional e particular para certos gêneros de vida e certos gêneros de morte; verifica-se entre alguns suicidas. 

No momento da morte, tudo é inicialmente confuso; a alma necessita de algum tempo para se reconhecer. Ela fica atordoada, semelhante à situação de uma pessoa que desperta de um profundo sono e procura se dar conta da situação. A lucidez das idéias e a memória do passado voltam à medida que se apaga a influência da matéria da qual acaba de se libertar e à medida que se vai dissipando uma espécie de névoa que obscurece seus pensamentos.

O tempo da perturbação que se segue à morte do corpo é bastante variável. Pode ser de algumas horas, de muitos meses ou até mesmo de muitos anos. É menos longa para aqueles que se identificaram já na vida terrena com seu estado futuro, porque compreendem imediatamente sua posição.

- Sim Sued, estou repleto de luz e sabedoria, pois vejo com clareza essas minhas passagens, assim como o nosso objetivo. Me sinto confortável para darmos andamento em nosso caminho! - exclamou confiante Tomé.

Continua...

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