sábado, 19 de janeiro de 2013




CAPÍTULO XXXI - AS REFLEXÕES DE TOMÉ

 (Parte 1)


A humanidade é incompleta, incapaz e pútrida. Não há como estabelecer outro tipo de sentimento em relação aos seres que se auto destroem, desertificavam o planeta Terra e aniquilam todas as espécies ali presentes.

É impossível pensar em pertencer à um conjunto, tão mesquinho, fútil, despreparado e repugnante. A raça humana conseguiu, com sua prepotência inerente, destruir florestas, dizimar espécimes animais, além de através de guerras sem lógica, geralmente por disputas territoriais, aniquilar milhares de vidas humanas, sangue do seu sangue.

Não havia possibilidade dessa raça proliferar, pois seus dias estavam contados por conta de seus próprios desagravos. A aniquilação era pungente, pois não tinha como sustentar tamanha barbárie naquela selva de trogloditas. 

O noticiário era decadente, suas manchetes revelavam o desmoronamento da pseudo sociedade, o sangue jorrava em cada acontecimento revelado. 

O Japão foi palco de uma das maiores tragédias da humanidade. No dia seis de agosto de 1945, um dos últimos dias da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o bombardeiro americano B-29 decolou da ilha de Tinian carregando uma bomba atômica desenvolvida sob completo sigilo.

Pouco depois das oito horas, horário local, a bomba foi lançada contra a cidade de Hiroshima, então com uma população de duzentos e cinquenta mil habitantes. A explosão tomou a forma de um cogumelo que se elevou a treze mil e quinhentos metros, matando ao menos setenta mil pessoas mil pessoas imediatamente e transformando a cidade em ruínas. Três dias depois do lançamento, outra bomba, ainda mais destrutiva, foi jogada contra a cidade de Nagasaki, matando quarenta mil pessoas.

Os bombardeiros levaram o Japão, que lutava na Segunda Guerra ao lado da Alemanha e da Itália, a declarar sua rendição, encerrando o conflito.

Nos anos seguintes, ao menos outras cem mil pessoas morreriam pelos efeitos da radiação.

- Essa é a humanidade que se diz moderna e intelectual, blasfema perguntando onde estou e não vê que ela mesma cava sua cova, sua sepultura espiritual. - sussurrou Sued.

O tráfico de escravos foi outra das maiores tragédias da história da Humanidade. Vindos de África, em navios negreiros e transportados em condições desumanas, mal alimentados, acorrentados, cobertos de imundícies e apinhados às centenas nos porões, homens, mulheres e crianças eram depois vendidos nos mercados como se fossem animais, não admira que grande parte deles morressem na viagem. 

Os escravos negros eram colocados no porão e aferrolhados. O ar só lhes chegava pelas grades da escotilha ou por pequenas frestas. Onde cabiam quarenta, eram colocados cem ou mais.

Hoje ainda vemos centenas de disparates como irmão matando irmão, que assassinou a filha, a qual já tinha feito dois abortos e que sequestrou e esquartejou o vizinho o qual era traficante de drogas e estuprou um menor de idade. Essa é a nossa humanidade que julga seu próximo e ao "calar da noite" faz pior.

A futilidade tomou conta de todos, querendo um carro melhor, uma casa melhor, um avião melhor em uma eterna disputa desproposita, sem a mínima lógica. 

E o pior de tudo, a culpa sempre é de Sued, pois como sempre julgamento é o forte dessa raça de homo-sapiens!

Era longa a lista de despropósitos, tragédias e catástrofes, para serem lembradas.

Continua...

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