CAPÍTULO XXVI - AS REENCARNAÇÕES DE TOMÉ 

(Parte 4)

Agnes Gonxha Bojaxhiu, ou Madre Teresa de Calcutá, filha de pais albaneses, numa família de três filhos, sendo duas moças e um rapaz. Ela nasceu em Skopje, hoje capital da República da Macedônia, mas na época de seu nascimento era parte do Império Otomano.

- Não pode ser Sued, a santa Madre Teresa é uma das minhas reencarnações? - exclamou Tomé.

E a história continuava a desenrolar em sua mente em ebulição;

Começou por fazer votos aos 18 anos nas Irmãs de Nossa Senhora do Loreto, na Irlanda, onde pouco tempo viveu. Já na Índia, a serviço dessa congregação como professora, ao primeiro lar infantil ou "Sishi Bavan", fundada em 1952, juntou-se ao "Lar dos Moribundos", em Kalighat. 

A princípio, ela teve alguns problemas de ordem religiosa, com alguns grupos que professavam uma outra fé, e consequentemente, uma outra religião e cultura, mas com o passar do tempo, todos foram notando, que ela tinha realmente boas intenções, e que sua obra tinha verdadeiramente um caráter nobre. Assim, ela começava a receber donativos de hindus, muçulmanos e budistas. E assim também foi ocorrendo em relação às outras situações difíceis e problemáticas, tais como: crianças abandonadas, pessoas sofrendo de diversas doenças, mulheres que haviam sido abusadas e engravidaram entre outros casos.

Mais de uma década depois, em 1965, a Santa Sé aprovou a Congregação Missionárias da Caridade e, entre 1968 e 1989, estabeleceu a sua presença missionária em países como Albânia, Rússia, Cuba, Canadá, Palestina, Bangladesh, Austrália, Estados Unidos da América, Ceilão, Itália, antiga União Soviética e China.

O reconhecimento do mundo pelo seu trabalho concretizou-se com o Prêmio Templeton, em 1973, e com o Nobel da Paz, no dia 17 de outubro de 1979.

O seu trabalho missionário continua através da irmã Nirmala, a qual  é a reencarnação de parte de Airam. Um de seus pensamentos: “Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso”. Criou as missionárias da caridade, onde todas as freiras iriam ajudar não a ela, mas sim a todos os necessitados.

- Como assim "parte de Airam"? - resmungou Tomé!

- Somos todos subdivisíveis e assim como eu, podemos estar em vários lugares ao mesmo tempo. Inclusive reencarnando em dois ou mais corpos ao mesmo tempo, vide a evolução espiritual a qual cada um se encontra. - explicava Sued.

Tomé estava pasmo e ao mesmo tempo muito curioso.

- Então posso ocupar dois corpos com a mesma alma, caso eu esteja evoluído o suficiente? - perguntou Tomé.

- Só não pode, como o fez querido filho. Veja bem, partindo do principio que todos somos um e um somos todos, é perfeitamente aceitável tal evolução. - detalhava Sued. - Você enquanto era Madre Teresa, a qual disseminava o amor e fé aos "católicos", ao mesmo tempo era Chico Xavier, que fazia o mesmo trabalho perante os espíritas. Com o desencarne dos dois, todo o carma espiritual voltou-se, novamente para você e por isso estamos aqui!

Tomé estava em choque e sua alma toda tremia! 

Francisco de Paula Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier, foi um médium e um dos mais importantes divulgadores do espiritismo. Seu nome de batismo, Francisco de Paula Cândido, em homenagem ao santo do dia de seu nascimento, foi substituído pelo nome paterno de Francisco Cândido Xavier logo que psicografou os primeiros livros. Através de sua mediunidade, psicografou mais de quatrocentos livros, tendo vendido mais de cinquenta milhões de exemplares e sendo o "escritor" brasileiro de maior sucesso, mas sempre cedeu os direitos autorais dos livros para instituições de caridade e organizações espíritas. Também psicografou cerca de dez mil cartas, sem nunca ter cobrado nada ao destinatário.

Essa herança cármica era perturbadora, mais ao mesmo tempo reconfortante, pois Tomé sentia-se novamente útil a humanidade, e esse era o grande objetivo de Sued, nesse momento!

Continua...