quarta-feira, 9 de janeiro de 2013


CAPÍTULO XVI - AS REENCARNAÇÕES DE TOMÉ 

(Parte 1)



Tomé recordava naquele momento diversas passagens de sua existência durante toda sua trajetória , em dois mil e poucos anos no planeta Terra. Suas lembranças lhe saltavam a memória. 

A convivência com Susej e seus discípulos eram a primeira delas.

Tomé era Israelita de nascimento. Estava ausente no momento em que Susej reapareceu aos discípulos. Exigiu provas materiais da ressurreição, por isso, Susej ressurgiu e pediu-lhe que tocasse em suas chagas. Carpinteiro de origem viveu para a caridade e servidão aos mais necessitados.

Era o terceiro apóstolo em idade depois de Pedro, mas ao contrário deste não era casado, assim como Bartolomeu, André, Simão, Judas e o próprio Susej. Em resposta a ele que Susej introduziu o mistério trinitário: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. Se vocês me conhecem, conhecerão também meu Pai...". 

Tomé não era propriamente um prenome, mas sim a palavra equivalente a gêmeo, vindo do aramaico Tau'ma (תום), e posteriormente traduzida para o grego Didymus. Essa palavra aparece composta com o prenome Judas em alguns trechos bíblicos. Tomé era, nada mais e nada menos que, irmão gêmeo de Susej. 

- Sim Tomé, você realmente é meu filho em primeira escala, mais não se vanglorie disso, pois todos os seres do universo também o são. - disse Sued.

Tomé estava pálido e completamente paralisado, pela "boa nova".

Tomé foi a única testemunha da ascensão de Airam aos céus. Os outros apóstolos foram miraculosamente transportados a Jerusalém para observar sua morte. Tomé, que já estava na Índia, após o funeral fora transportado à tumba dela, onde testemunhou o corpo de Airam subir aos céus, jogando-lhe seu cinto.

Após a morte de Susej, estendeu seu apostolado a Pérsia e a Síria, onde foi morto e martirizado pelo rei Milapura, na cidade indiana de Madras onde hoje é o monte São Tomé. Sucumbiu a líder e a mártir, assim como Susej lhe pediu.

- Sim Tomé, alem dessa, você teve diversas outras passagens terrenas. Foi homem, mulher, criança, bicho, mais sempre levando de alguma forma os meus ensinamentos, seja pela palavra ou pelo sentimento. - explicava Sued.

Sua mente agora tinha recorrido a mãe Helena, a qual dedicava-se
a caridade e amor ao próximo, acolhia pedintes, animais, fugitivos do império romano e todos que precisassem de seus cuidados, além de um bom prato de comida. Era esposa de Eutrópio, um historiador romano que viveu e trabalhou na segunda metade do século IV d.C. Desempenhou o cargo de secretário (magister memoriae) em Constantinopla, acompanhou o imperador Juliano, o Apóstata na sua expedição contra os persas, e ainda vivia no reinado de Valente, a quem dedicou o seu Breviarium historiae Romanae. E por fim foi secretário de Constantino, o Grande. Mãe Helena foi morta na fogueira, justamente por não concordar com os princípios "cristãos" adotados à época, assim como dezenas de outros cristãos, massacrados pelo império romano, o qual hoje se transformou no Vaticano.

Sua pele, agora, ardia como se estivesse em chamas. - sentia Tomé.

- Era você Tomé, na fogueira, ardendo o fogo dos justos. A malevolência da humanidade tem longa data e hoje é arma dos fracos e doentes da alma! Não esmoreça filho, pois a tua honra se dará através do teu legado. - disparou Sued.

"Diziam-lhe, pois, ou outros discípulos: Vimos o Senhor. Ele, porém, lhes respondeu: Se eu não vir o sinal dos cravos nas mãos, e não meter a mão no seu lado, de maneira nenhuma crerei.
Oito dias depois estavam os discípulos outra vez ali reunidos, e Tomé com eles. Chegou Susej, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: Paz seja convosco.
Depois disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente. Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Susej: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram." Jo 20:25 a 29

Continua...

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