domingo, 6 de janeiro de 2013




CAPÍTULO XI - OS MIL MUNDOS DE SUED 
(Parte 4)


- Como lhe dizia amigo Tomé, o povo egípcio são verdadeiros espécimes voltados para a criatividade, vivem me surpreendendo! Eles criaram espaçonaves que viajam pelo universo, e as disfarçaram em luas. Veja por exemplo as luas de marte; Fobos e Deimos! - Discursava Sued.

Ao olhar para frente Tomé viu uma lua abrindo-se ao meio, como uma digna espaçonave em filme de ficção científica. Era uma visão surpreendente e avassaladora. Aquela gigantesca porta aberta mostrava uma estrutura de aço e dezenas de milhares de engrenagens e luzes, em uma fantástica construção nunca vista pela humanidade, simplesmente fantástico.

- Sued como pode, estar tão evidente, bem debaixo do nosso nariz, e não vemos? Passamos a vida inteira procurando OVNIS e eles estão bem aqui! - Exclamou Tomé.

Sued agora em tom explicativo, dizia;

- Tens que entender o padrão da Criação; o padrão onde o Micro é uma cópia do Macro e vice-versa, como o elétron gira em torno do átomo, a terra gira em torno do sol e o sol gira em torno da galáxia. E a Lua não gira em torno de si. A Terra, o sol, os planetas todos giram em torno de si, girar em torno de si é o padrão da criação, então não é natural, é artificial. A lua de vocês também não fui eu que criei, ela é uma nave igual a essa a qual estamos observando.

Tomé estava escandalizado, era impressionante a dimensão e estrutura a qual olhava atônito. 

Sued continuou;

- E um dos motivos para a lua não girar em torno de si é porque têm muita coisa escondida no lado. À pontes, naves espaciais, construções de pirâmides e crateras que chegam ao centro da lua que é oca, como podemos observar, e tem uma cidade imensa e muitas naves e tecnologia guardada, bem como os guardiões dela. Por isso existe o magnetismo, que influencia marés, duas altas e duas baixas por dia,e demais alterações climáticas na terra. Olhe quem vem lá, conheça Tutancâmon, um dos lideres do povo egípcio.

Ao olhar aquele menino, vindo em sua direção, com toda a indumentária usada pelo seu povo, com uma idade de mais ou menos vinte anos, veio na lembrança tudo que tinha estudado sobre eles, afinal História da humanidade era sua matéria preferida. 

E vagueou por suas lembranças; Tutancâmon, também conhecido pela grafia Tutankhamon (m. 1 327 ou 1 323 a.C.), foi um faraó do Antigo Egito que faleceu ainda na adolescência. Era filho e genro de Akhenaton (o faraó que instituiu o culto de Aton, o deus Sol) e filho de Kiya, uma esposa secundária de seu pai. Casou-se aos 10 anos, provavelmente com sua meia-irmã, Ankhesenamon. Assumiu o trono quando tinha cerca de doze anos, restaurando os antigos cultos aos deuses e os privilégios do clero (principalmente o do deus Amon de Tebas). Morreu em 1 324 a.C., aos dezenove anos, sem herdeiros - com apenas nove anos de trono - "o que levou especialistas a especularem sobre a hipótese de doenças hereditárias na família real da XVIII dinastia egípcia", diziam estudiosos do assunto. Devido ao fato de ter falecido tão novo, o seu túmulo não foi tão suntuoso quanto o de outros faraós, mas mesmo assim é o que mais fascina a imaginação moderna pois foi uma das raras sepulturas reais encontradas quase intacta. Ao ser aberta, em 1922, ela ainda continha peças de ouro, tecidos, mobília, armas e textos sagrados que revelam muito sobre o Egito de 3 400 anos atrás.

- Bem vindo amigos, desculpe nos por não poder dar atenção devida, mais estamos em ritmo acelerado pois estamos levando mais uma piramide para o planeta Centurion, afim de organizar o começo de uma civilização lá colocada por Sued. Mais fiquem a vontade, como se diz na terra a casa é sua. Disse em tom agradável o digníssimo faraó Tutancâmon e dirigiu-se a uma saída em forma de portal.

Havia um assunto que Tomé era fascinado em relação aquele povo, e por estar espalhada por onde sua vista podia alcançar, dentro da nave, sua mente voltou-se naquele momento à sua época escolar. 

A escrita hieroglífica datada de 3 200 a.C. (túmulo U-j do cemitério U de Abidos) era composta por cerca de 500 símbolos, que podiam ser representações de animais, plantas, pessoas ou partes do corpo e utensílios utilizados pelos egípcios. Um hieróglifo podia ser uma palavra, um som ou um determinante mudo; e o mesmo símbolo podia servir a diferentes propósitos em contextos diferentes. Os hieróglifos foram uma escrita formal, usados em papiros, monumentos de pedra e nos túmulos, que podem ser tão detalhados como obras de arte. No dia-a-dia, os escribas usavam uma forma de escrita cursiva, chamada hierática, que era mais simples e rápida de escrever, escrita em pedras, papiros e placas de madeira. Enquanto os hieróglifos formais podem ser lidos em linhas ou colunas em qualquer direção, a hierática era sempre escrita da direita para a esquerda, geralmente em linhas horizontais. Para se saber a direção a qual se devia ler os hieróglifos, era preciso olhar para a direção a qual as figuras humanas ou de pássaros estavam olhando, pois são estes que mostram o início do texto. Uma nova forma de escrita surgida no século VII a.C., a demótica, tornou-se predominante, substituindo a hierática. Por volta do século I d.C., o alfabeto copta começou a ser usado juntamente com a escrita demótica. O copta é um alfabeto grego modificado com a adição de alguns sinais demóticos. Embora os hieróglifos formais tenham sido usados em contexto cerimonial até ao século IV, no final apenas um pequeno grupo de padres sabiam lê-los. Como os estabelecimentos religiosos tradicionais foram dissolvidos, o conhecimento da escrita hieroglífica estava quase perdido. As tentativas de decifração são datadas do período bizantino e do período islâmico, mas apenas em 1822, após a descoberta da Pedra de Roseta e anos de pesquisa de Thomas Young e Jean-François Champollion, os hieróglifos foram quase totalmente decifrados. Na Pedra de Roseta estão presentes três formas de escrita: hieróglifos formais, hierática e grega. Lembrava Tomé em uma exatidão, inerente aos apaixonados pelos egípcios.

Cortando as lembranças de Tomé veio a voz de Sued;

- Acho que gostou muito dessa visita Tomé, mais te garanto que há muito mais surpresas entre o céu e a terra, que sua vã filosofia. Vamos em frente, o caminho da evolução espiritual é longo!

Continua...

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