terça-feira, 8 de janeiro de 2013




CAPÍTULO XIII - OS MIL MUNDOS DE SUED
 (Parte 6)


- Espiritualidade Tomé! - Bradava Sued. Essa é a ordem universal para evolução de todas as espécies do universo. E só assim atingiremos o ápice de um só, a partir do todo.


Tinham acabado de chegar em Onreteroma, dizia Sued que esse planeta era conhecido para nós como "51 Pegasi b", e aquele nome não lhe era estranho, pois já conhecia a história desse planeta, pelo menos a que os humanos sabiam;

O planeta foi descoberto usando um espectrômetro que pode detectar as mudanças regulares na velocidade radial de sua estrela. Estas mudanças são causadas pelos efeitos gravitacionais do planeta que distancia-se 7 milhões de quilômetros da estrela. Depois do anúncio, a 12 de outubro de 1995, a confirmação veio pelo Dr. Geoffrey Marcy e Dr. Paul Butler das universidades norte-americanas Universidade Estadual de São Francisco e Universidade da Califórnia em Berkeley, respectivamente. Usaram o espectrógrafo Hamilton no observatório de Lick perto da cidade de San Jose na Califórnia. Esta descoberta do primeiro exoplaneta estabeleceu um marco na pesquisa astronômica, e desde então mais exoplanetas nas estrelas vizinhas do Sol têm sido descobertos, lembrava Tomé.

- Apague essa lembrança Tomé, pois não explicam exatamente o que esse planeta significa! - Disse Sued. - Onreteroma ou Amor eterno, é o lugar em que todas as criaturas, as quais vivem aqui, atingiram o êxtase da amabilidade. Principalmente crianças, que são mais inocentes, e ainda não absorveram a crueldade e maldade dos adultos, estão em fase de evolução aqui, são na sua grande maioria desencarnes precoces do seu planeta. Há também uma grande variedade de espécies de diversos outros planetas, que estão na mesma condição. Mais todas com algo em comum; O amor eterno!

Tomé admirava a sua frente, um garoto com cerca de dez a doze anos sentado, com uma estranha criatura no colo. Era algo parecido com um peixe boi ou leão marinho. Os dois pareciam mergulhados em um amor profundo, devido ao semblante fraterno e de tamanha serenidade.

A cena era no mínimo intrigante! - Observava Tomé.

O coração apertou e se encheu de boas lembranças, as tardes com seus filhos e esposa, quanta saudade ele sentia naquele momento. Os momentos em sua infância com seus pais, que apesar de terem errado em sua educação, o fizeram com as melhores das intenções.

Seu peito explodia em harmonia, uma sensação de bem estar e de leveza, tomava conta da sua alma, naquele momento. Ele podia jurar que amava a todos e a tudo de uma forma única e plena, naquela exata fração de tempo.

Sued rindo comentou;

- Sim Tomé, essa é a sensação que temos aqui em Onreteroma, o mais puro e sublime amor, em seu estado de graça! Assim deveria ser em todos os planetas, mais assim como são as pessoas, são as criaturas. A humanidade gerou seu próprio caos particular e agora está afundada no que criou!

Aquelas palavras soaram conhecidas, aos ouvidos de Tomé. “Assim como são as pessoas são as criaturas”, dizia seu subconsciente para si. O velho ditado popular lhe entrelaçava a mente em choques da psique em torno do seu eu absoluto.

- Sua esposa precisa lhe falar Tomé, vamos. - Deflagrou Sued.

E Tomé, em retorno imediato de uma viagem profunda, petrificou-se com as palavras de Sued.

Continua...

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