sábado, 5 de janeiro de 2013



CAPÍTULO VII - OS MIL MUNDOS DE SUED 

(Parte 2)


- Chegamos no planeta Ainôzama, disse SUED. 

Tomé não tinha acostumado ainda com aquela mudança repentina de cenário, era um pulo de um planeta ao outro, instantaneamente, e assimilar tamanha rapidez de deslocamento, era muito para seu cérebro humanoide. 

Sued continuou;

- Aqui, caro Tomé, está um espécie híbrida, de alta complexidade emocional e intelectual. Essa seria a "humanidade" que eu gostaria de ver em seu planeta, caso a evolução de vocês não tivesse sido corrompida!

Tomé viu se aproximar uma criatura de pouco mais de um metro e meio, com cabelos negros e escorridos e extremamente parecida com os indígenas do planeta terra. A semelhança era tamanha, se não fosse algo que o surpreendeu completamente; a criatura tinha um olho na testa e em posição vertical, logo acima do nariz.

Sued começou a falar com a criatura em uma espécie de dialeto, o qual era impossível fazer-se entender. Seu rosto infantil e ao mesmo tempo ingenuo fazia daquela "figurinha" o semblante mais doce e angelical, a qual Tomé observava em êxtase. 

Tomé virou-se para Sued e perguntou;

- Qual a origem dos híbridos que vivem aqui?

Sued;

- Eles são a evolução de sua espécie e de algumas outras! Pensam e sentem o mais puro e nobre amor por si e por todos os seres vivos do universo. Falam a língua do planeta terra, mais de trás pra frente, assim como a origem do universo, como Airam lhe disse antes, mais também se comunicam através da mensagem subliminar. Vivem em harmonia com o todo, sabem a importância disso e assim conseguem viver cerca de mil e duzentos anos. 

Tomé arregalou os olhos e Sued continuou;

- Esse é Kalef, que tem oitocentos e trinta e dois anos, é uma jovem senhora, uma das líderes desse planeta voltado para o sagrado feminino. 

Nesse momento uma espécie de arara, parecida com a araraúna, em extinção no planeta terra, pousa sobre o ombro de Kalef e solta alguns granidos esgarçados e voa de volta em direção a vasta selva de arvores densas e gigantescas, Kalef sorri e fala algo pra Sued em seu dialeto.

Sued, rindo, diz;

- Kalef me disse que a ave perguntou o porque de você ter apenas dois olhos. Mais realmente ela veio avisar sobre o espetáculo que ira acontecer daqui a alguns minutos e todos desse planeta devem se preparar para contemplar.

Tomé também ria por dentro, mais era por conta da ave falar com o híbrido e de toda situação insólita, presenciada ali. Em uma dedução óbvia, ele assimilou que os seres pareciam com índios, as florestas densas com algumas que ele já tinha visto por fotos e por tanto, em conclusão, o nome do planeta de trás pra frente era AMAZÔNIA.

Assim começaram uma subida ingrime, saindo da floresta e escalando um descampado em forma de morro, onde se encontravam centenas de criaturas iguais a Kalef e milhares de aves dos mais diferentes tipos. Ao subir saindo da sombra, onde estavam, foi se diluindo a paisagem fechada da floresta, e dando lugar observando a direita em uma rampa de terra batida, a claridade intensa e quase ao ponto de cegar a vista de qualquer ser humano, algo parecido com uma tarde de sol na praia, só que triplicado. 

Olhando em direção a claridade Tomé boquiaberto viu a forma de circulo no céu multiplicada por milhares, e essas formas em desalinho, desapareciam no horizonte vagarosamente.

Era uma espécie de por do sol múltiplo, pois haviam vários exemplares do sol. - Inexplicável. Murmurou Tomé.

E Sued emendou;

- Aqui, Tomé, eles valorizam a vida, o amor, as pessoas, os animais, as plantas e tudo mais. Por isso eu dei a eles vida longa e um por do sol múltiplo. Daqui a etapa final de evolução deles é a formação angelical, anjos dedicados a bondade e servidão ao próximo! Assim, esse é um dos meus mundos preferidos e mais cobiçados por espécies inferiores, a qual você irá conhecer agora.

Continua...

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