CAPÍTULO VIII - SUED
Tomé analisava aquela primeira imagem de Sued, em sua lembrança, logo após a chegada em Arret. Ele parado na vastidão daquele lugar esplendido, com uma espécie de luz própria, a qual o circundava e envolvia a todos.
Até então, aquele foi o momento em que Tomé poderia ter começado a criar um vinculo definitivo com o sagrado, pois a benevolência estava estampada naquele ser.
Tudo que tinha visto até ali, provava a veracidade dos fatos.
Estava claro Sued era o criador supremo do tudo, do universo, de estrelas e planetas, de mundos sem fim, da vida, do amor, de Airam, de Kalef, do meu próprio "eu". Fantástico a visão daquele ser de infinta luz.
Mas como era de costume da sua personalidade questionadora, Tomé tinha que averiguar certas questões do íntimo de Sued, assim sem perder tempo perguntou;
- Sued posso te fazer uma perg...
E antes que terminasse de falar Sued emendou;
- Querido Tomé, sei de tudo que se passa em sua cabeça. - Falou rindo em tom de amizade.
- Claro que me preocupo com a humanidade, sei das desigualdades, mazelas, fome, guerras e todas as formas de sofrimento ali existentes. Tenho um tremendo aperto no coração, como vocês dizem em seu planeta, mais você tem que lembrar que lá na Terra, ainda é um lugar de provas e expiações, para a evolução. Todo o carma vivido por cada um de seus semelhantes é de atribuição a vida anterior dele em um plano inferior, ou seja antes da vivência naquele plano. Ali estão "pagando" algo que fizeram na vida passada e por não acertar, ficam presos naquela dimensão.
Tomé pensativo, refletia sobre sua vida. Não se contendo perguntou;
- Estou preso por lá a dois mil anos então?
Sued;
- Enquanto não completam a missão dada a cada um, a evolução fica paralisada. Mais no seu caso foi por conta de sua trajetória, cumplicidade e amizade por mim. Só que nessa sua passagem você fugiu aos seus princípios, não por sua culpa, mais por conta do holocausto permanente que se estabeleceu em seu planeta. A humanidade está completamente perdida, se matam, não se respeitam perderam completamente o rumo, e por isso estamos tendo essa conversa agora!
Tomé ouvia atentamente. Sued continua;
- Enquanto estivermos nessa incursão à criação, você reaprenderá todos os meus ensinamentos e as diretrizes que necessita para completar sua missão. Andaremos pelo cosmos dilacerando todas as suas dúvidas para que tenha sucesso absoluto!
Tomé em tom preocupado, perguntou;
- Mais qual é essa missão?
Sued:
- Saberás no momento certo e sem eu lhe dirigir uma única palavra em relação a isso. Tenha serenidade e regozije-se, para bom entendimento do todo.
Tomé, agora em reflexão profunda, continuava a olhar e tentar compreender quem e o que era aquele ser. Como tal criatura podia fazer um trabalho tão complexo e delicado, cuidando de diversos mundos, infinitos planetas, milhares de estrelas e bilhões de espécies, as quais estavam espalhadas por toda vastidão do universo.
Era realmente intrigante tamanho desprendimento e organização para tudo aquilo, era preciso ser único, era preciso ser Sued, era preciso ser DEUS.
Sued virando e olhando ele nos olhos disse;
- Não fiz e não faço tudo isso sozinho, até o fim de nossa jornada vais entender.
Continua...
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