quinta-feira, 10 de janeiro de 2013




CAPÍTULO XVII - AS REENCARNAÇÕES DE TOMÉ 
(Parte 2)


Ainda com as cicatrizes de um carma atribulado, Tomé revia um outro momento de sua existência conturbada, porem abençoada por Sued e seus mandamentos.

Em um momento peculiar, a reencarnação o trouxe como; Maomé ou Moḥammed; nesse período foi um líder religioso e político árabe. Perante a religião islâmica, Maomé é o mais recente e último profeta do Deus de Abraão. 

Como figura política, ele unificou várias tribos árabes, o que permitiu as conquistas árabes daquilo que viria a ser um império islâmico que se estendeu da Pérsia até à Península Ibérica.

Considerado pelos muçulmanos como um ser divino, porem humano; era visto como um dos mais perfeitos exemplares da raça humana.

Nascido em Meca, Maomé foi durante a primeira parte da sua vida um mercador que realizou extensas viagens no contexto do seu trabalho. Tinha por hábito retirar-se para orar e meditar nos montes perto de Meca. Quando Maomé tinha quarenta anos, enquanto realizava um desses retiros espirituais numa das cavernas do Monte Hira, foi visitado pelo anjo Gabriel que lhe ordenou que recitasse uns versos enviados por Sued, e comunicou que Sued o havia escolhido como o último profeta enviado à humanidade. 

Maomé deu ouvidos à mensagem do anjo e, após sua morte, estes versos foram reunidos e integrados no Alcorão, durante o califado de Abu Bakr.

Maomé não rejeitou completamente o judaísmo e o cristianismo, duas religiões monoteístas já conhecidas pelos árabes. Em vez disso, informou que tinha sido enviado por Sued para restaurar os ensinamentos originais destas religiões, que tinham sido corrompidos e esquecidos. 

Assim como Tomé o faria, agora no planeta Terra.

Muitos habitantes de Meca rejeitaram a sua mensagem e começaram a persegui-lo, bem como aos seus seguidores, assim como a raça humana faz, sempre que um enviado de Sued é mandado. Maomé foi obrigado a abandonar Meca, numa migração conhecida como a Hégira (Hijra), tendo se mudado para Yathrib, atual Medina. Nesta cidade, Maomé tornou-se o chefe da primeira comunidade muçulmana. Seguiram-se uns anos de batalhas entre os habitantes de Meca e Medina, que se saldaram em geral na vitória de Maomé e dos seus seguidores. 

Por altura da sua morte, Maomé tinha unificado praticamente todo o território sob o signo de uma nova religião, o islã.

- Bem Tomé, foi exatamente aí que houve o "erro". Não podemos deixar acontecer novamente. - resmungou Sued. Religião, assim como política são manobras de manipulação em massa para limitar a população e suas mentes animais, sendo assim o "caminho" é a espiritualidade pura, em sua metamorfose primária, sobre o triária de; Amor, Fé e Bondade!

Tomé entendia perfeitamente o porque da humanidade ter desembocado em caos profundo, a política e a religião, andavam lado a lado, fazendo da raça humana, marionetes de um circo de quinta categoria!

- O amor, Tomé, é a chave. O amor incondicional. O amor pelo pedinte, pelo animal abandonado, pelas crianças que não tem o que comer e por tudo que precisar de caridade e carinho. Esse é o grande segredo, da regeneração da humanidade e assim sua evolução espiritual!

Tomé procurava, ainda, onde tinha se perdido pois relembrava que tinha por hábito passar noites nas cavernas das montanhas próximas de Meca, praticando o jejum e a meditação. Sentia-se desiludido com a atmosfera materialista que dominava a sua cidade e insatisfeito com a forma como órfãos, pobres e viúvas eram excluídos da sociedade, naquela época. 

As primeiras pessoas a acreditar na missão profética de Maomé foram Cadij e outros familiares e amigos que se reuniam na casa de um homem chamado Al-Arqam. Encorajado pelo seu círculo restrito de seguidores, Maomé começou a pregar em público. Ao proclamar a sua mensagem na cidade, ganhou seguidores, incluindo os filhos e irmãos do homem mais rico de Meca. À medida que os seus seguidores cresciam, ele se tornava uma ameaça para as tribos locais, especialmente aos Coraixitas, a sua própria tribo, que tinha a responsabilidade pelo cuidado da Caaba, que nesta altura hospedava centenas de ídolos que os árabes adoravam como deuses.

Apesar da mensagem monoteísta de Maomé ter sido aceita por alguns habitantes de Meca, muitos rejeitaram-na. Os conceitos religiosos por ele apresentados, e em particular a ideia de um "Julgamento Final", geravam incredulidade e zombaria junto ao povo. Pediam-lhe que fizesse um milagre capaz de comprovar as suas alegações ou então acusavam-no de estar possuído por um djiin, um espírito maligno. Para além disso, ele tornou-se muito impopular com os governantes, e seus seguidores foram alvos de ataques físicos repetidos, bem como de ataques às suas propriedades.

O povo obrigou Maomé a deixar a sua missão religiosa oferecendo-lhe poder político. À medida que os seus seguidores aumentaram, os seus oponentes tentaram demovê-lo a deixar ou alterar a sua religião. Ofereceram-lhe uma boa parte do comércio e o casamento com mulheres de algumas das famílias mais ricas, mas ele rejeitou todas estas ofertas. Os habitantes de Meca acabaram por exigir que Abu Talib entregasse o seu sobrinho Maomé para execução. 

Maomé mudou-se então para a cidade de At-Ta'if, onde não encontrou apoio por parte dos seus habitantes. Por esta razão ele regressou à Meca. Então sofreu abusos, foi apedrejado e atirado contra espinhos e lixo. Os seus inimigos preparavam-se para tentar novamente assassiná-lo.

- Não adianta procurar o porque ou o quando Tomé, pois a imperfeição humana é obvia. O que é possível e plausível, é um novo recomeço para a largada de uma "nova era", e isso só funciona de dentro pra fora, em cada um dos indivíduos do planeta Terra. - ressaltou Sued. Olhe à sua frente!

Em uma rápida e repentina mutação, Tomé agora se encontrava e se via em um corpo feminino, coberto por uma inexplicável energia cósmica que transpassava sua derme...


Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário